Archive for Cotidiano

Atitude

Teve um dia, não me lembro qual exatamente, só sei que foi no meio de fevereiro. Estava eu no ponto de onibus da Dr Arnaldo, como de costume e eis que aparece um cidadão, fumante, magro até demais. Ele apaga o seu cigarro, pega uma latinha de refrigerante amassada que estava jogada na sarjeta, coloca seu cigarro apagado dentro e joga no lixo. Já pensou se todos fossem assim?

Não que eu queira que todos comecem a usar latinhas de refrigerante para depositar os cigarros, eu abomino o fumo e não deveriam fabricar cigarros nunca mais. Mas se todos tivessem esse olhar panorâmico, essa capacidade de ver em algo uma oportunidade para reutiliza-lo, ou mesmo a simples noção de cidadania ao jogar o lixo no lixo, mesmo que o lixo não seja seu…

Se todos tivessem esta atitude, como é que o mundo seria??

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Poluição sonora

Hoje tive que ir fazer uma matéria para a publicação mensal Maria Antônia. A matéria que fomos designadas a fazer (eu e a Beatrice Caparbo) é sobre o trolebus, também conhecido como eletrobus. Ele circula no centro de São Paulo, e cabia a nós descobrir porque o governo o manteve em circulação.

Muitas justificativas surgiram e não cabe a mim, mas principalmente, não cabe a este veículo citar todas elas. O fato é que o trolebus é muito mais econômico, e acaba não poluindo o ar. Acabei andando um pouco de eletrobus e agora sei o quão ambiguo é a afirmação de que ele é um veículo automotor que não polui o ar. Porque você não precisa ter um medidor específico. Você percebe a diferença só com a sua audição: É incomparável!

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O cobrador que entrevistamos, Mauro Lemos, não teve vergonha de demonstrar toda a sua paixão pelo trolebus. Sim, acaba sendo mais lento, por precisar de uma cautela ainda maior, devido as redes. Mas ele afirma que o conforto supera qualquer crítica: “Trabalho com trolebus há 13 anos e consigo aproveitar o tempo, lendo, e não sofro de nada. Qualquer um que trabalhe 13 anos em um onibus a diesel acaba ficando um pouco surdo, e quando tem a oportunidade de trabalhar aqui, não quer mais voltar”.

Um dos outros motivos é que a atual lei municipal de redução de poluentes nos transportes prevê o incentivo à tração elétrica, dentre outras modalidades. Pois bem, mas eles só estão presentes no centro e em parte das zonas leste e sul. Para cumprir o seu propósito, deveriam aumentar o percurso, não acham?

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Chiqueiro

Hoje vim para casa de ônibus, como tenho feito todos os dias. Estava eu de pé (porque em horário de pico, conseguir se sentar é luxo) quando um rapaz que estava sentado na janela se levanta e joga um papel de bala pela janela. Me lembrei que esta não foi a primeira vez que vi isto acontecer, e tenho certeza absoluta que não será a última. Não querer levantar para jogar o lixo no lixo (como deveria) é compreensível, afinal, quem resistiria a tentação de um assento disponível?

Mas o que custa segurar um pouquinho, para jogar fora devidamente quando sair do onibus? Será que travamosna época que não existia esgoto e as pessoas despejavam seus dejetos no meio da rua? Todas essas pessoas que cometem tal ato deveriam ser obrigadas a ir catar o que jogou e por no lixo. Os veículos já sujam bastante a nossa cidade, e não me refiro apenas a poluição do ar. Portanto tenham certeza, queridos cidadãos de espírito de porco: Os garis não precisam da sua colaboração para manter o emprego.

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